Clássico colocará equipe de Renato contra a de Coudet Marco Favero / Agencia RBS
O Gre-Nal 423 será o primeiro de uma saga em 2020 que pode ter de quatro a 13 clássicos, dependendo do que fizerem Inter e Grêmio ao longo da temporada. O do Beira-Rio, às 16h30min, definirá o classificado para a final do turno do Gauchão, que enfrentará o vencedor de Caxias e Ypiranga, que jogam no domingo no Estádio Centenário.
A partida marca a estreia de Eduardo Coudet no maior confronto do Rio Grande do Sul, e o técnico argentino tenta quebrar uma marca recente dos encontros entre as duas equipes, de proposição do Grêmio e de reação do Inter. Renato Portaluppi, por sua vez, enfrentará o quinto treinador colorado diferente nesta sua passagem pela casamata tricolor.
O clássico também abre o ano de possíveis encontros entre os times. Certamente haverá mais três clássicos depois daquele disputado neste sábado, um pelo Gauchão, dois pelo Brasileirão. Mas o próprio Gauchão, a Libertadores e a Copa do Brasil podem receber mais confrontos.
Existe até chance de ser jogado por Copa Sul-Americana, mas para isso teria de ocorrer o mau cenário de o Inter cair para o Tolima e o Grêmio ser o terceiro do grupo na Libertadores. Mesmo assim, se todos os 13 ocorrerem, 2020 será o recordista de Gre-Nais, superando os 10 disputados em 1978 e em 1987.
Esses dois anos tiveram a semelhança de presenciar nove clássicos pelo Estadual e um pelo Brasileirão. As fórmulas malucas que o Gauchão ostentava naquelas épocas entupiam o calendário de Gre-Nal. Hexagonais, fases de grupo, jogos extra e decisões de turnos, returnos... tinha jogo valendo qualquer coisa.
O excesso de jogos, porém, não enjoou os protagonistas da época. Em 1978, o lateral-esquerdo André Luiz iniciava sua carreira profissional pelo Inter. E já no ano de estreia, precisou encarar esses tantos jogos contra o Grêmio. Era uma época boa para o Inter, e até por isso, ficou na memória do antigo jogador as melhores imagens possíveis dos duelos.
— Quando se trata de Gre-Nal, a rivalidade é tão grande que o torcedor compareceria em todos sem perder o entusiasmo. O equilíbrio no clássico sempre desperta no torcedor fatos novos, independentemente de time titular ou reserva — comenta.
Do lado gremista, o discurso é semelhante. Zagueiro de 1985 a 1990, Luiz Eduardo viveu uma fase positiva tricolor, empilhando títulos gaúchos durante sua passagem. Guarda ótimas lembranças:
— Se pudesse, jogaria Gre-Nal todo dia. É um encontro atípico, eu gostava muito. Mais ganhei do que perdi nesse tempo todo, fico muito contente ter feito a história no Grêmio. Nossa geração não tinha tanta afinidade assim com os jogadores do Inter, isso é diferente hoje. Nossa época era mais rígida, a gente nem olhava para a cor vermelha.
Sem clássico
Mas se ter clássicos em excesso é ruim, pior seria não ter, certo? Em 2005, a fórmula do Gauchão não previu encontro entre Inter e Grêmio, a não ser em fases decisivas. Os tricolores foram eliminados na segunda fase, e a decisão acabou sendo entre os colorados e o 15 de Novembro, de Campo Bom. No Brasileirão, não teve jogo porque o Grêmio estava na Série B. Ficar sem clássico faz falta.
— É muito frustrante um grande clássico não acontecer durante um ano, para atletas, clubes e torcedores. Gostaria de ter jogado o máximo de Gre-Nais possíveis. É um dos maiores clássicos do mundo, são duas grandes equipes com grandes conquistas, que acabaram crescendo com as conquistas do rival — opina o ex-atacante colorado Michel.
Essa foi a explicação também para 2017, ano que só viu um Gre-Nal, pelo Gauchão. O Inter até foi à decisão do Estadual, e perdeu para o Novo Hamburgo, mas estava na divisão inferior nacional. Assim, só teve clássico mesmo por uma rodada do campeonato local, que terminou empatada em 2 a 2, na Arena gremista.
— Gosto muito dessa possibilidade de ter 13 Gre-Nais, mesmo sabendo que dificilmente vá acontecer. Nosso clássico é mundialmente conhecido e esse ano pode até ser visto por todos, se houver pela Libertadores. Que seja belo espetáculo fora do campo, com comportamento civilizado dos torcedores — pede o narrador Pedro Ernesto Denardin, que há mais de 20 anos é a voz dos clássicos na Rádio Gaúcha e ostenta o apelido de Homem Gre-Nal.
Como acompanhar o clássico:
Rádio Gaúcha
A Gaúcha acompanha as concentrações de Inter e Grêmio desde as primeiras horas do dia. A partir das 12h, a rádio fala direto do Beira-Rio. Às 16h30, Pedro Ernesto Denardin narra o Gre-Nal com as participações de Guerrinha, Diori, Eduardo Gabardo, André Silva, Rodrigo Oliveira, Lelê Bortholacci e Marcos Bertoncello. Após o clássico, Gabardo comanda o Balanço Final até as 21h.
GaúchaZH
O site vai acompanhar tudo o que rolar no Gre-Nal desde a manhã do sábado, com repórteres nos hotéis dos times. A partir do meio-dia, terá o acompanhamento ao vivo direto do entorno do Beira-Rio. A cobertura segue com o minuto a minuto do clássico e toda a repercussão após o confronto, como cotação de desempenho dos jogadores e personagens do clássico. Às 19h30min, um caderno especial sobre o Gre-Nal chegará exclusivamente aos assinantes do Jornal Digital.
RBS TV
A RBS TV transmite o jogo a partir das 16h30min. A narração será de Luciano Périco, com comentários de Maurício Saraiva, Diogo Olivier e Márcio Chagas da Silva, e reportagens de Leonardo Müller e Victor La Regina.
Grêmio, Inter, Gre-Nal, Semifinal, Gauchão
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A partida marca a estreia de Eduardo Coudet no maior confronto do Rio Grande do Sul, e o técnico argentino tenta quebrar uma marca recente dos encontros entre as duas equipes, de proposição do Grêmio e de reação do Inter. Renato Portaluppi, por sua vez, enfrentará o quinto treinador colorado diferente nesta sua passagem pela casamata tricolor.
O clássico também abre o ano de possíveis encontros entre os times. Certamente haverá mais três clássicos depois daquele disputado neste sábado, um pelo Gauchão, dois pelo Brasileirão. Mas o próprio Gauchão, a Libertadores e a Copa do Brasil podem receber mais confrontos.
Existe até chance de ser jogado por Copa Sul-Americana, mas para isso teria de ocorrer o mau cenário de o Inter cair para o Tolima e o Grêmio ser o terceiro do grupo na Libertadores. Mesmo assim, se todos os 13 ocorrerem, 2020 será o recordista de Gre-Nais, superando os 10 disputados em 1978 e em 1987.
Esses dois anos tiveram a semelhança de presenciar nove clássicos pelo Estadual e um pelo Brasileirão. As fórmulas malucas que o Gauchão ostentava naquelas épocas entupiam o calendário de Gre-Nal. Hexagonais, fases de grupo, jogos extra e decisões de turnos, returnos... tinha jogo valendo qualquer coisa.
O excesso de jogos, porém, não enjoou os protagonistas da época. Em 1978, o lateral-esquerdo André Luiz iniciava sua carreira profissional pelo Inter. E já no ano de estreia, precisou encarar esses tantos jogos contra o Grêmio. Era uma época boa para o Inter, e até por isso, ficou na memória do antigo jogador as melhores imagens possíveis dos duelos.
— Quando se trata de Gre-Nal, a rivalidade é tão grande que o torcedor compareceria em todos sem perder o entusiasmo. O equilíbrio no clássico sempre desperta no torcedor fatos novos, independentemente de time titular ou reserva — comenta.
Do lado gremista, o discurso é semelhante. Zagueiro de 1985 a 1990, Luiz Eduardo viveu uma fase positiva tricolor, empilhando títulos gaúchos durante sua passagem. Guarda ótimas lembranças:
— Se pudesse, jogaria Gre-Nal todo dia. É um encontro atípico, eu gostava muito. Mais ganhei do que perdi nesse tempo todo, fico muito contente ter feito a história no Grêmio. Nossa geração não tinha tanta afinidade assim com os jogadores do Inter, isso é diferente hoje. Nossa época era mais rígida, a gente nem olhava para a cor vermelha.
Sem clássico
Mas se ter clássicos em excesso é ruim, pior seria não ter, certo? Em 2005, a fórmula do Gauchão não previu encontro entre Inter e Grêmio, a não ser em fases decisivas. Os tricolores foram eliminados na segunda fase, e a decisão acabou sendo entre os colorados e o 15 de Novembro, de Campo Bom. No Brasileirão, não teve jogo porque o Grêmio estava na Série B. Ficar sem clássico faz falta.
— É muito frustrante um grande clássico não acontecer durante um ano, para atletas, clubes e torcedores. Gostaria de ter jogado o máximo de Gre-Nais possíveis. É um dos maiores clássicos do mundo, são duas grandes equipes com grandes conquistas, que acabaram crescendo com as conquistas do rival — opina o ex-atacante colorado Michel.
Essa foi a explicação também para 2017, ano que só viu um Gre-Nal, pelo Gauchão. O Inter até foi à decisão do Estadual, e perdeu para o Novo Hamburgo, mas estava na divisão inferior nacional. Assim, só teve clássico mesmo por uma rodada do campeonato local, que terminou empatada em 2 a 2, na Arena gremista.
— Gosto muito dessa possibilidade de ter 13 Gre-Nais, mesmo sabendo que dificilmente vá acontecer. Nosso clássico é mundialmente conhecido e esse ano pode até ser visto por todos, se houver pela Libertadores. Que seja belo espetáculo fora do campo, com comportamento civilizado dos torcedores — pede o narrador Pedro Ernesto Denardin, que há mais de 20 anos é a voz dos clássicos na Rádio Gaúcha e ostenta o apelido de Homem Gre-Nal.
Como acompanhar o clássico:
Rádio Gaúcha
A Gaúcha acompanha as concentrações de Inter e Grêmio desde as primeiras horas do dia. A partir das 12h, a rádio fala direto do Beira-Rio. Às 16h30, Pedro Ernesto Denardin narra o Gre-Nal com as participações de Guerrinha, Diori, Eduardo Gabardo, André Silva, Rodrigo Oliveira, Lelê Bortholacci e Marcos Bertoncello. Após o clássico, Gabardo comanda o Balanço Final até as 21h.
GaúchaZH
O site vai acompanhar tudo o que rolar no Gre-Nal desde a manhã do sábado, com repórteres nos hotéis dos times. A partir do meio-dia, terá o acompanhamento ao vivo direto do entorno do Beira-Rio. A cobertura segue com o minuto a minuto do clássico e toda a repercussão após o confronto, como cotação de desempenho dos jogadores e personagens do clássico. Às 19h30min, um caderno especial sobre o Gre-Nal chegará exclusivamente aos assinantes do Jornal Digital.
RBS TV
A RBS TV transmite o jogo a partir das 16h30min. A narração será de Luciano Périco, com comentários de Maurício Saraiva, Diogo Olivier e Márcio Chagas da Silva, e reportagens de Leonardo Müller e Victor La Regina.
Grêmio, Inter, Gre-Nal, Semifinal, Gauchão
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