Casão acha Renato "fantástico" e avisa: "Não chegou no auge como treinador"

Perto de disputar a competição mais importante de sua vida como treinador, o Mundial de Clubes, comandando o mesmo Grêmio no qual foi o grande herói sobre o Hamburgo, da conquista da taça de maior do planeta, em 1983, Renato vive um momento mágico. A estreia do time será na próxima terca-feira, nas semifinais, em Abu Dhabi, contra o Pachuca, do México, que bateu o Wydad Casablanca neste sábado por 1 a 0. E Renato pode terminar o ano no topo.



Mas segundo o amigo desde os tempos de jogador e atual comentarista da TV Globo, Walter Casagrande, Renato ainda vai ter muito a mostrar ao futebol. Não só pelo que conhece dentro das quatro linhas como também pela forma transparente como se relaciona com os comandados.

- É um ótimo treinador, não é mais surpresa. Desde o ano passado, que ele ganhou aquela Copa do Brasil, ele pôs na cabeça dele que ele é competente, e ele é. Está se descobrindo a competência dele. E ele não chegou ainda no auge. O Renato ainda não chegou no maior potencial que ele tem como treinador. E esse estilo dele é fantástico. É um personagem maravilhoso do futebol. Jogador de futebol, ninguém vai enganar o Renato. E vai ser difícil ele mandar um jogador embora do clube - disse o comentarista no "Troca de Passes" logo após a entrevista de Renato a Roger Flores.

No mundo do vai e vem de transferências no futebol, é difícil fazer amigos, conforme explicou Casagrande. Mas pelo caráter e personalidade, Renato, com quem jogou no Flamengo em 1993 e tanto enfrentou, seja na Europa ou no futebol brasileiro, entrou no seu grupo seleto.

- O Renato é um cara fantástico. É um dos melhores amigos que eu tenho no futebol, que eu fiz no futebol, que são poucos. No futebol é assim mesmo, você muda time, muda elenco, é difícil você ficar com uma pessoa, com um amigo. Eu tenho uns três, quatro, que se mantiveram amigos.

O repórter Francisco Aielo, das rádios Globo/CBN, foi outro que enalteceu Renato tanto como treinador e, sobretudo, pelo caráter. Lembrou as vezes que o atual técnico defendeu não só atletas mas também os integrantes da comissão técnica em questões complicadas junto às diretorias dos clubes. Fora o lado família do ex-jogador.

- Eu trabalhei com o Renato, eu cobrindo clube, e o Renato como técnico. É impressionante. tudo que o Casagrande falou é verdade. Como profissional do futebol e também como ser humano. Negócio de salário atrasado, chegar junto para poder ajudar. Massagista, roupeiro, a galera que fica ali fazendo o trabalho de retaguarda. Um cara de coração muito grande. Ajudou toda a família quando veio para o Rio de Janeiro e começou a ganhar dinheiro. Continua ajudando a família até hoje, é um cara espetacular. E faz muita falta ao futebol porque é um cara muito bom de frase, de provocar, de dizer que vai fazer e tal.

Casagrande acha que, com o tempo, Renato ficará cada vez mais maduro e concentrado no futebol.

- É um desperdício ele ficar na praia.

O confronto entre Grêmio e Pachuca ocorre na terça-feira, às 15h (horário de Brasília), no estádio Hazza Bin Zayed, em Al Ain. Quem vencer, espera na final do Mundial o vencedor do duelo entre Real Madrid e Al Jazira. O time dos Emirados Árabes bateu os japoneses do Urawa Reds por 1 a 0 também neste sábado e se classificou para as semifinais.

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